1/27/2007

NÃO DEIXES PRA LOGO O QUE É MELHOR FAZER JÁ








Quem já teve uma dor de barriga, sabe como é...
Esta é uma simples história que poderia ter acontecido contigo...

Aeroporto de Lisboa, 15h30m.
Tenho um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas
nada que uma cagadela não aliviasse. Mas, atrasado para apanhar o autocarro
que me levaria para o aeroporto, do outro lado da cidade, de onde partiria
o voo para Estocolmo, resolvi segurar as pontas "Afinal de contas, são só
uns 15 minutos de viagem. Ao chegar lá, tenho tempo de sobra para dar uma
cagadela, tranquilo".

O avião só sairia as 16h30m.
Entrei no autocarro, sem sanitários, senti a primeira contracção e
tomei consciência de que a minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que
faria um parto de cócoras assim que entrasse no W.C. do aeroporto.
Virei-me para o meu amigo que me acompanhava e, subtilmente,
disse-lhe:
"Fogo, mal posso esperar para chegar ao aeroporto porque preciso
largar a farinheira."
Nesse momento, senti o cagalhão a beliscar as minhas cuecas, mas
pus a força de vontade a trabalhar e segurei a onda.
O autocarro nem tinha começado a andar quando para meu desespero,
uma voz disse pelo altifalante:
"Senhoras e senhores, devido ao muito trânsito, a nossa viagem até
ao aeroporto levará cerca de 1 hora".

Aí o cagalhão ficou maluco e tentou sair a qualquer custo! Fiz um
esforço hercúleo para segurar o comboio de merda. Suava em bicas. O meu
amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para gozar comigo.
O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais indicando
que, pelo menos por enquanto, as coisas tinham-se acomodado por ali.

Tentava-me distrair vendo a paisagem mas só conseguia pensar numa casa de
banho com uma sanita, tão branca e tão limpa que daria para almoçar nela! E o
papel higiénico então: era branco e macio e com textura e perfume e...oops!
Senti um volume almofadado entre o meu traseiro e o assento do
autocarro e percebi consternado que me havia cagado. Um cocó sólido e comprido
daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que dá vontade de
ligar para os amigos e parentes e convidá-los a apreciar, na sanita, tão perfeita obra!
Daria até para a expor no CCB! Mas, sem dúvida, não neste caso.
Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei-lhe de
modo muito sério: "Olha, caguei- me."

Quando o meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a
ficar no centro da cidade, onde o autocarro faria escala a meio da viagem, e
que me limpasse em algum lugar.
Mas resolvi que ia seguir viagem, pois agora estava tudo sob controlo.
"Que se lixe, limpo-me no aeroporto," – pensei - "pior do que estou não fico".

Mal o autocarro entrou em movimento, a cólica recomeçou forte.
Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira, mas não pude evitar, e
sem muita cerimónia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez
como uma pasta morna.
Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e lambuzando
o cu, cuecas, a barra da camisa, pernas, calças, meias e pés.
Logo a seguir, mais uma cólica anunciando mais merda, agora
líquida, das que queimam o fofo do freguês ao sair rumo à liberdade. E, no instante
seguinte, um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar...afinal de contas o
que era um peidinho para quem já estava todo cagado?
Já o peido seguinte foi do tipo que pesa e eu caguei-me pela quarta vez.

Lembrei-me de um amigo que, certa vez, estava com tanta caganeira que
resolveu pôr um penso higiénico nas cuecas, mas colocou-o com as linhas
adesivas viradas para cima e, quando quis tirá-lo, levou metade dos pêlos do
rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente.

Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia
ajudar-me a limpar a sujeira.
Finalmente cheguei ao aeroporto e, saindo apressado com passos curtinhos,
supliquei ao meu amigo que apanhasse a minha mala na bagageira do
autocarro e a levasse aos sanitários do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas.

Corri para a casa de banho e entrando de porta em porta, constatei
a falta de papel higiénico em todas as cinco portas. Olhei para cima e
blasfemei:
"Agora chega, Pá!"
Entrei na última porta, mesmo sem papel, e tirei a roupa toda para
analisar a minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço) e esperar
pela mala da salvação, com roupas limpinhas e cheirosas e com ela uma
lufada de dignidade no meu dia.
Entretanto, o meu amigo entrou na casa de banho cheio de pressa... já tinha
feito o "check- in" e disse-me que tinha que ir depressa avisar o voo para esperarem por nós.

Mandou por cima da porta o cartão de embarque e a minha maleta de
mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte.
Ele tinha-se enganado na mala que eu aguardava e já tinha despachado a mala com roupas.
Na mala de mão só tinha um pullover de lã com gola em bico. A temperatura em
Lisboa nesta altura era de aproximadamente 37 graus.
Desesperado, comecei a analisar quais das minhas roupas seriam, de algum
modo, aproveitáveis.
As minhas cuecas, mandei – as para o lixo. A camisa era história.
As calças estavam deploráveis, assim como as minhas meias, que mudaram de cor
tingidas pela merda. Aos meus sapatos dava-lhes nota 3, numa escala de 1 a
10. Teria que improvisar. A invenção é filha da necessidade, então
transformei uma simples casa de banho pública numa magnífica máquina de lavar.
Virei as calças do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte
atingida na água.
Comecei a dar ao autoclismo até que o grosso da merda se desprendeu.
Estava pronto para embarcar.
Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direcção ao portão de embarque
trajando sapatos sem meias, calças vestidas do avesso e molhadas da cintura
até ao joelho (não exactamente limpas) e o pullover de gola em bico sem
camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde.

Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam à espera do
"rapaz que estava na casa de banho" e atravessei todo o corredor até ao meu
assento ao lado do meu amigo que sorria.
A hospedeira aproximou-se e perguntou-me se precisava de algo. Eu
cheguei a pensar em pedir uma gilette para cortar os pulsos ou 130 toalhinhas
perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante, mas decidi não as
pedir... e respondi-lhe com uma esforçada cara angélica:
"Nada, obrigado"...

Eu só queria mesmo era esquecer este dia."

1 comentário:

A "Babe" como todos me chamam disse...

Querido cagão...

É bom chegar ao fim de um dia de trabalho e ouvir uma historia destas ... =)
Já me ri pelo dia todo !
Claro está que não me acredito mesmo que isto te tenha acontecido ... e fruto concerteza de um sonho que tiveste..pk .....

NINGUEM MERECE!!!!!!

=)